Uma pequena divagação para lembrar uma grande banda que nunca teve a projecção que mereceu. Muito na linha dos Iron Maiden, apresentavam uma sonoridade metalica clássica. Grandes riffs e refrões épicos. Para headbangers, claro.
Categoria: Sons
This girl can rap!
Esta miúda é hip hop de grande nível. Fazia falta. Não por ser uma voz feminina, mas por ser uma MC do melhor que tenho ouvido.
Bruce Springsteen we’re gonna give you another chance
E novamente aqui aparece o Springsteen. Inevitável. Uma música para cada momento, como se estivesse ali dentro do carro connosco. Cada letra como se fosse nossa. Num tempo de pop alucinado e impessoal, o último trovador do rock puro dá-nos poemas e musicas para cada estação da vida. Nunca se rendeu. Nunca se vendeu. Insiste na utopia e no sonho de fazer coisas reais melhores do que são através de versos e trovas. Na legião de fãs que lhe é fiel são muitos os sorrisos cúmplices que acompanham cada um dos seus clássicos. Mesmo os mais modernos que surgem de repente e vão encontrando o seu espaço nas playlist perpétuas que fazem a sua obra. Que ande por aqui muitos e bons anos. Energia não lhe falta. Inspiração também parece que não.
Dois clássicos, um moderno, outro antigo:
este gajo é mesmo bom…
Via o meu grande amigo Ricardo Vieira, escutei uma deste artista. Não sabia quem era. Simples e bom.
«Estes lobos ‘tão cheios…»
Canta o Duda, hoje artisticamente «Tranquilo». Oiço. Gosto sempre das suas rimas, pensadas e acutilantes. Penso se a sua música passa na Assembleia da Republica. Quantos deputados o ouvem? Mesmo os da pretensa nova geração parlamentar? Imagino que poucos. Muito poucos mesmo. Quantos políticos engavetados sabem o que cantam as novas gerações nas ruas? Quantos conhecem os seus sonhos, receios, esperanças, lamentos? Não falo dos lugares comuns da esquerda, como o «desemprego, educação, emigração, e todos os outros «aõs» que parecem excitar bloquistas e comunistas. Falo do sentimento de saturação crescente face à incapacidade de sucessivas vagas de políticos em fazerem bem as coisas. Acertarem uma vez que fosse. O velho discurso do funcionário público malandro, da economia refém da situação periférica e da crise internacional, entre tantos outros chavões deixou de colar. Há um vazio perigoso. Um vazio que não consegue contraria a ideia que os «Lobos estão cheios». Contrariar o pessimismo instalado. Contrariar o sentimento perigosamente emergente que a democracia falhou. Espero que para lá de concertações políticas para palcos externos, não se esqueça aquele plateau primeiro que tudo determina: o raio do país real.
Corazones de Rock
Quando uma guitarra e uma bateria se juntam num ritmo rápido e directo, acompanhadas por um refrão que faz sentido, em especial na voz de um vocalista que vive para morrer a cantar, então temos Rock! Rock puro, som genuíno, carregado de melodias e poemas prontos para mudarem o mundo ou pelo menos alegrar-nos o dia. «La Fuga» são umas dessas bandas evangelizadoras que se deviam escutar mais aqui pelo rectângulo. Baladas sinceras a combinarem estilos musicais entre metal, rock e flamengo. Tudo personificado numa voz carregada de personalidade e numa entrega ao vivo absolutamente louvável. A ouvir alto e muitas vezes.
The Boss is coming to town!

Foi há dezanove anos. Caramba como se tivesse sido ontem. O grande estádio de Alvalade tornou-se pequeno para mim, fanático confesso de Springsteen desde o momento que o ouvi pela primeira vez. Passados quase 20 anos é como se tivesse sido ontem. Em tudo. Ainda me lembro de fazer a Marginal no carro do Nuno Amaral com o «cantante» a rasgar alto todas as notas da E Street Band que uma k7 de 90 minutos podia conter. Memorável como aquele grande amor que fica para a vida. Thunder Road, Candy’s Room, e tantas outras. Ali. Ao vivo. Na voz do homem que nunca defraudou nem nunca se vendeu. Sempre igual a si mesmo. Hoje corri de manhã para a FNAC num regresso à adolescencia pura. Estavamos alguns em fila. Percebia-se pelo nervosismo em ter na mão o bilhete. Não fosse mesmo dar para o torto e esgotar. Agora é aguentar até dia 03 de Junho. eu vou lá estar. Bruce Springsteen we’re gonna give you another chance!
Domingo e o génio do Leo Cavalcanti
Manhã de Domingo a estudar e com banda sonora aleatória pelo you tube. De repente surge este tal de Leo Cavalcanti e pára tudo. Este tipo ou é genial ou uma farsa grande. Senhor de uma voz única que prende pelo timbre e personalidade com que intrepreta cada canção. Depois é a riqueza de cada composição a lembrar outros sons da mpb mas tudo numa mescla perfeita e progressiva.
O melhor é ouvirem:
105.4
Há uma seita crescente em redor de um novo templo. Das suas portas vai-se espalhando uma mensagem que se dissipa sempre mais forte em ondas hertzianas aceleradas. Parece uma cifra. E realmente é um código secreto para muitos. Basta ver o número crescente de «head-bangers» pela A5, Marginal e estradas circundantes. Não é nome de rádio, pelo menos por cá. Mas é hoje a Rádio que se ouve. O som do momento, como se esse momento alguma vez tivesse passado. Como se alguma vez pudéssemos esquecer os sons das nossas vidas. A música que se segue faz parte da minha banda sonora. E se calhar da vossa. Acreditem que só passa ali. Na 105.4.
Para no ver el final
Claro que deslocação a Espanha significa sempre música nova. Desta vez os M Clan e o seu último trabalho: «Para no ver el final». E é mesmo isso. Um disco tão bom que marca um daqueles finais que não queremos mesmo ver acontecer. Assumidamente uma homenagem a todas as influências musicais entre o rock e os blues que a banda teve, marca ao mesmo tempo um assumir sem complexos de um estilo próprio. Sem experimentalismos é puro rock, assumido e frontal. E depois há a voz de Carlos Tarque e a guitarra de Ricardo Ruipérez… razões que mais suficientes para atestar a unicidade desta banda. Dos temas mais duros aos blues mais puros é um disco a reter para ouvir e ouvir em toda a sinceridade dos seus poemas e melodias.
“Para no ver el final” es un disco clásico, de los que pincharás hasta que se rompa el disco, de los que te llevarás siempre en tu ipod, y de los que recomendarás solo a tus mejores amigos»
E em jeito de história, a primeira vez que os ouvi foi com o tema que segue: uma fabulosa versão de Maggie May ou Vamos Maggie despierta!